A Ubisoft Busca um Novo Caminho: A Tencent Entra em Cena e a Discussão Sobre o Futuro dos Jogos Aquece
A indústria gamer está em ebulição, e a grande notícia de ontem trouxe um turbilhão de expectativas e, claro, algumas opiniões fortes. A Ubisoft, sempre buscando fortalecer suas bases, acaba de anunciar uma parceria estratégica com a gigante chinesa Tencent, selando um acordo que injeta €1,16 bilhão em uma nova subsidiária dedicada a três pilares de seu catálogo: Assassin’s Creed, Rainbow Six e Far Cry.
A Tencent, agora com um pedaço de 25% do bolo, chega com uma proposta de investimento pesado e, segundo o CEO da CI Games, Marek Tyminski, uma visão que pode ser exatamente o que a Ubisoft precisa. Tyminski, conhecido por defender uma abordagem mais focada no puro entretenimento, acredita que a entrada da Tencent trará um impacto cultural notavelmente positivo para a empresa, uma mudança bem-vinda em meio aos debates atuais sobre diversidade, equidade e inclusão (DEI) no mundo dos jogos.
E é aí que a coisa começa a ficar interessante. A CI Games, responsável por jogos como o aclamado (e desafiador) Lords of the Fallen, tem sido uma voz ativa em contraposição às tendências de integrar questões sociais e políticas em seus projetos. No começo do ano, o estúdio já havia deixado claro que não planeja segundas intenções em termos de “propaganda”, focando em criar experiências de jogo que priorizem a diversão e a imersão, sem se prender a agendas que, em sua visão, podem comprometer o sucesso dos títulos.
Esse posicionamento não é novo. A CI Games demonstra uma clara preferência por uma abordagem mais tradicional, baseada no que o público realmente quer: um bom jogo, com gráficos impecáveis, jogabilidade envolvente e uma história cativante. A ideia de intencionalmente inserir temas complexos e polêmicos, muitas vezes com o objetivo de “promover” certos valores, parece ser vista como um risco desnecessário em um setor que depende da receptividade do consumidor.
Essa nova parceria com a Tencent, portanto, pode representar uma oportunidade para a Ubisoft se libertar de algumas pressões e voltar a investir em elementos que definiram a marca ao longo dos anos: aventura, exploração, combate estratégico e, acima de tudo, uma experiência de jogo divertida e sem amarras. Será que a chegada da Tencent sinaliza uma nova era para a Ubisoft, onde a paixão por criar jogos memoráveis supera a busca por ser a empresa "certa" em cada momento? Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: o futuro dos jogos está sendo moldado por investimentos e visões de mundo bem diferentes. Resta aguardar para ver como essa mistura de ambições e filosofias influenciará o cenário gamer nos próximos anos.