O Mistério Desvendado: Uma Nova Era na História dos Monumentos Neolíticos Britânicos
Imagine um mundo coberto por pedras, erguidas com um propósito que ainda hoje nos intriga. Durante milênios, Stonehenge, com suas imponentes pedras, capturou a imaginação de arqueólogos e entusiastas por igual. Mas, e se a história que conhecemos sobre a construção desse monumento icônico estivesse prestes a mudar drasticamente?
Um achado recente, proveniente de um sítio arqueológico enterrado sob uma rodovia na região de Dorset, Inglaterra, pode estar reescrevendo os manuais de história dos monumentos neolíticos britânicos. A descoberta, liderada pela Dra. Susan Greaney e sua equipe, revelou um círculo de pedras chamado Flagstones, que se mostra surpreendentemente mais antigo do que Stonehenge.
Flagstones: O Ancestral Esquecido
Flagstones, cujo nome original remete às pedras de calcário douradas que compõem seu perímetro, é um círculo de 100 metros de diâmetro, preenchido por fossos e com evidências de sepultamentos. O sítio foi descoberto por acaso em 1987, durante a construção de uma nova estrada, e desde então permanece, em grande parte, intocado sob o pavimento.
As novas datações por radiocarbono, que analisaram restos humanos e outros artefatos encontrados no local, indicam que as atividades neolíticas nesse sítio comecaram por volta de 3650 a.C., com a construção real do círculo de pedras ocorrendo por volta de 3200 a.C. Este fechamento temporal coloca Flagstones como o mais antigo recinto circular de grande porte conhecido na Grã-Bretanha, desafiando a ideia de que Stonehenge surgiu isoladamente.
Uma Teia de Rituais e Conexões
A descoberta de Flagstones sugere que Stonehenge poderia ter sido construído como uma continuação ou até mesmo uma imitação do monumento ancestral. Ainda há muito a investigar, mas essa nova cronologia abre portas para uma compreensão mais profunda das origens dos monumentos cerimoniais neolíticos.
Além disso, as pesquisas revelam conexões surpreendentes entre Flagstones e outros “henges” (enclosures de pedras) espalhados pela Grã-Bretanha e até mesmo na Irlanda. Artefatos e práticas funerárias similares indicam uma possível rede de intercâmbio cultural e ritual entre comunidades neolíticas que se estendia muito além das fronteiras geográficas. É como se existisse uma complexa teia de rituais compartilhados, uma forma de comunicação através das pedras e dos sepultamentos.
O Que Significa Isso Para Nós?
A história de Flagstones nos lembra que o passado é repleto de mistérios e que as descobertas arqueológicas podem nos surpreender com novas interpretações. Com cada nova peça do quebra-cabeça, entendemos melhor nossos ancestrais, suas crenças e suas relações com a terra. E, quem sabe, talvez, ao examinarmos as pedras de Flagstones, possamos vislumbrar os segredos de uma civilização que nos legou monumentos inesquecíveis – como o próprio Stonehenge.
E você, o que acha dessa nova revelação? Acha que a história de Stonehenge precisa ser reescrita? Compartilhe suas ideias e deixe seus comentários abaixo!
