A Era do Retorno: O Físico Resurge e Salva Lojas do Brasil (e do Mundo!)
Lembra quando a gente achava que o mundo dos jogos estava toda digital? Que o futuro era só baixar, destravar e esquecer? Pois bem, parece que a velha guarda está voltando com tudo – e com um toque de surpresa. A história que vamos te contar aqui não é sobre um retro-clássico ressuscitado, mas sobre algo ainda mais intrigante: o renascimento do formato físico dos jogos.
Nos últimos tempos, a grande maioria dos lançamentos digitais dominou o mercado, mas uma tendência inesperada começou a ganhar força. Pequenas e médias estúdios, que muitas vezes não têm os recursos para lidar com todo o processo de lançamento de um jogo em formato digital, encontraram uma solução inteligente: terceirizar essa tarefa para empresas especializadas. E o resultado? Surpreendente.
Black Myth: Wukong, o tão aguardado RPG de fantasia com visuais de tirar o fôlego, é um exemplo gritante. A PM Studios, responsável pela produção do jogo, fez uma parceria com uma editora, a Game Science, para garantir a versão física. E, acredite se quiser, essa edição se tornou um sucesso estrondoso!
Mike Yum, o CEO da PM Studios, revelou que, mesmo lançado quatro meses após a versão digital, o jogo físico vendeu incrivelmente bem. Tão bem que algumas lojas de varejo, à beira do fechamento, viram suas portas se manterem abertas graças àquela demanda inesperada. A resposta às ligações de agradecimento que ele recebeu, a pedido de lojas, foi quase surreal. "Recebi ligações, inclusive no Natal e depois do Ano Novo, me agradecendo e dizendo que isso salvou seus negócios” – conta ele, com um sorriso no rosto.
Mas o que explica essa popularidade inesperada? A resposta está na simplicidade e no valor que o consumidor ainda encontra em ter um jogo nas mãos. Em regiões onde a internet é lenta ou a franquia de dados é limitada, a versão física se torna uma alternativa viável e, em alguns casos, essencial. Um jogo de 100 gigabytes não tem a mesma atratividade quando você precisa se preocupar com cada megabyte que baixa.
E não é só no Brasil! Em países com infraestrutura de internet menos avançada, a simples possibilidade de exibir o jogo na prateleira de uma loja, com sua arte e design chamativos, faz toda a diferença. É uma forma de resgatar o prazer de escolher um jogo por impulso, de ter um objeto físico para colecionar e exibir.
A Espanha e a Itália foram mercados particularmente calorosos para a edição física de Black Myth: Wukong, e a razão por trás desse sucesso continua sendo um mistério. Mas uma coisa é certa: o retorno do formato físico não é apenas uma moda passageira. É um sinal de que os jogadores ainda valorizam a experiência tangível e a possibilidade de possuir um jogo como um item de colecionador.
Afinal, em um mundo cada vez mais digital, a nostalgia e o prazer do toque físico podem ser exatamente o que precisamos para reacender a chama da paixão por jogos. E quem diria, certo?