A Famitsu Dentou! Assassin’s Creed Shadows Deslumbra e Provoca Reflexões no Japão Antigo
Preparem os katana e ajeitem suas armaduras, porque a katana da crítica japonesa está afiada! Assassin’s Creed Shadows acaba de receber uma avaliação que ecoa com força no mundo gamer: uma nota impressionante, quase divina, da lendária revista Famitsu. Mas não se iludam com a perfeição imediata, porque, como sempre, a análise da Famitsu é mais profunda e interessante do que uma simples nota.
A equipe da Famitsu, conhecida por sua postura criteriosa e por ser um dos raros veículos a conceder notas perfeitas, não se conteve em analisar o novo título da Ubisoft com parcimônia. Em vez de um voto único, quatro redatores distintos deram sua opinião sobre a jornada de Kenji e Corrin em meio ao Japão feudal. O resultado? Uma nota que equilibra o sublime com algumas pontas soltas: 36 em uma escala de 40 pontos.
E o que despertou tanto entusiasmo e, ao mesmo tempo, algumas questões nos especialistas? A ambientação, sem dúvida, é o ponto alto da experiência. A Famitsu destaca como a escolha de um período histórico tão rico e pouco explorado na franquia – o Japão feudal – injeta uma imersão única, resgatando figuras e eventos que se perderam na névoa da história dos Assassin’s Creed.
“Algumas representações do Japão causam um leve ‘hmm?’, mas são aceitáveis”, ponderam, mostrando que a fidelidade histórica não é absoluta, mas sim uma homenagem inteligente e respeitosa. Os gráficos, por outro lado, são celebrados como verdadeiras paisagens deslumbrantes, transportando o jogador para um mundo aberto onde cada detalhe, desde as árvores até os templos, pulsa com vida.
A jogabilidade, que sempre foi um dos pilares da série, também recebe elogios. As habilidades de movimento, que já eram apreciadas, foram aprimoradas e continuam oferecendo uma liberdade de exploração sem obstáculos, enquanto a combinação dos dois protagonistas, Kenji e Corrin, gera momentos de ação memoráveis, inclusive evocando a atmosfera vibrante de clássicos mangás como "Azumi".
A história, embora robusta, encontra um ponto de equilíbrio entre a ação e o desenvolvimento dos personagens, com uma duração estimada em torno de 50 horas para desvendar os segredos do mundo feudal japonês.
É importante lembrar que a Famitsu é uma das poucas mídias a conceder notas perfeitas. Títulos como "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" e "Ghost of Tsushima" já ostentaram essa honra. A aproximação de Shadow com esse patamar indica que a Ubisoft investiu pesado em criar uma experiência que vai além do esperado, mesmo que alguns elementos possam ser alvo de debate.
Em resumo, Assassin’s Creed Shadows não é apenas um novo jogo da franquia, mas uma viagem no tempo que transporta o jogador para um Japão feudal de tirar o fôlego, com uma encenação impecável, gameplay refinado e uma narrativa que promete recompensar a atenção e a dedicação do jogador. Parece que a busca por um equilíbrio entre tradição e inovação encontrou seu lugar no reino dos assassinos.
