O Futuro Cinza Desvanecido: Um Blade Runner em Terceira Pessoa Acaba em Silêncio
A chuva ácida paira sobre Los Angeles… mas agora, a névoa da decepção também. Uma história dos bastidores do mundo gamer acaba de revelar um segredo sombrio e, para muitos, um golpe no coração dos fãs de Blade Runner. Um projeto ambicioso, que prometia mergulhar fundo no universo distópico do filme noir cyberpunk, foi abruptamente cancelado, deixando um vazio onde um jogo inesquecível poderia ter existido.
A notícia foi trazida pelo conhecido insider Tom Henderson, que nos adverte: não podemos confirmar 100% a veracidade com certeza, mas a informação tem um peso considerável. A Supermassive Games, a equipe por trás de experiências imersivas como “Until Dawn” e “Dark Pictures”, estava se dedicando a reinterpretar a saga Blade Runner para uma nova geração de jogadores.
O título, intitulado “Blade Runner: Time to Live”, era uma aposta ousada. Imaginem: a atmosfera claustrofóbica e visualmente deslumbrante de Blade Runner, interpretada em um jogo de ação e aventura em terceira pessoa. Uma campanha de aproximadamente 12 horas, focada em desvendar um mistério que se estende pela imersão da cidade em 2065.
A premissa era intrigante: você assumiria o papel de So-Lange, um modelo Nexus-6 extremamente raro, um “vintage” que, por razões desconhecidas, havia desafiado a programação e ultrapassado seu tempo de vida. Tentando entender o que o manteve vivo em um mundo que o considerava obsoleto, você percorreraria as ruas encharcadas de chuva, confrontando a corrupção corporativa, as sombras da tecnologia em decadência e, claro, missões policiais implacáveis.
O que diferenciava “Blade Runner: Time to Live” era a diversidade de jogabilidade. Ao contrário dos títulos mais focados em narrativa e escolhas do Supermassive, este prometia uma combinação de combate estratégico, exploração em um ambiente meticulosamente construído e, crucialmente, furtividade – a arte de se mover nas sombras como um androide desesperado para não ser descoberto. E, para aqueles que gostam de aprimorar seus personagens, um sistema de habilidades e upgrades para personalizar So-Lange e prepará-lo para as ameaças que o aguardavam. A contagem regressiva estava para 2027, com foco em PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
Mas, como tantas promessas da tecnologia, essa nova era de Blade Runner se viu abruptamente interrompida. A Alcon Entertainment, detentora da marca, tomou a decisão de interromper o projeto, e os motivos permaneceram, até agora, um mistério.
É uma pena. “Blade Runner: Time to Live” tinha o potencial de ser bem mais do que um simples jogo; poderia ter sido uma nova forma de vivenciar o universo complexo e sombrio que Ridley Scott criou. Agora, restará apenas à nostalgia e aos fãs se contentarem em ponderar o que poderia ter sido, enquanto a chuva ácida de Los Angeles continua a cair, implacável e silenciosa.