A Magia Desiludida: Por que a Disney Está Refrigerando Seus Contos de Fadas?
A bruma da decepção paira sobre a Disney Studios. Depois de um lançamento que prometia e entregou pouco mais que um bilhão de dólares em bilheteria – e um prejuízo bilionário – a adaptação live-action de “Branca de Neve” está sendo considerada, por muitos, um golpe na marca. E a resposta da empresa à queda do castelo tem sido surpreendente: um freio total na produção de novas versões ao vivo de seus clássicos.
O projeto de “Enrolados”, que antes fervilhava em discussões e esboços, agora se encontra em um estado de limbo. O veículo especializado The Hollywood Reporter aponta que a ideia foi, praticamente, suspensa. Tecnicamente, o filme pode ser descartado, remodelado ou simplesmente relegado a um canto da “geladeira” da Disney, aguardando um momento mais oportuno.
O destino de “Enrolados”, que contava com o diretor Michael Gracy e a roteirista Jennifer Kaytin Robinson, agora depende de um fator crucial: o sucesso de seus parceiros de lançamento. A Disney está apostando alto em “Lilo & Stitch”, cujo trailer já incendiou a internet com visualizações, e em uma nova versão de “Moana”, prevista para 2026, carregada de expectativas e a promessa de reviver a magia do original.
A receita da animação de “Moana” – 1,4 bilhão de horas assistidas na Disney+ – e a recepção (ainda que um pouco menor) de “Moana 2” (que ultrapassou o muro do bilhão nas bilheterias) indicam que o público ainda se conecta profundamente com suas histórias. Essa fidelidade, aliada ao potencial de atrair um público pra fora da tela, pode ser o que reacender a chama da Disney.
Mas a história de “Branca de Neve” é mais complexa que apenas números. A produção do novo conto de fadas sofreu um impacto considerável devido à greve dos atores e roteiristas de Hollywood em 2023, elevando o custo total para uma casa de uns 240 a 270 milhões de dólares – uma conta que, infelizmente, parece não ser sustentada pelo caixa da empresa. Além disso, a recepção do público foi minada por controvérsias envolvendo o elenco.
A verdade é que as tentativas anteriores da Disney de resgatar seus clássicos em versão live-action nem sempre foram um sucesso estrondoso. “Meu Amigo Dragão” e “Dumbo” não vingaram como esperado. E mesmo filmes como “Rei Leão”, “Aladdin” e “A Bela e a Fera” não garantiram que o esquema funcionaria de forma consistente. “Mufasa: O Rei Leão” (2024) ilustra bem essa instabilidade – um início fraco, seguido de uma recuperação, mas que não atingiu a marca de 718 milhões de dólares acontecida com o original.
O caso de “Branca de Neve” pode representar um ponto de inflexão. Um sinal de que a fórmula, antes tão confiável, precisa ser reavaliada. Talvez a Disney esteja buscando um novo rumo para seus contos de fadas, um caminho que vá além da mera reprodução visual e explore a essência da narrativa que tanto amamos.
E você, o que acha? A Disney está errando feio ao congelar seus projetos? Ou essa pausa é exatamente o que a empresa precisa para encontrar uma nova mágica? Compartilhe sua opinião nas nossas redes sociais! Estamos te esperando no Threads, Instagram, TikTok e até no WhatsApp. Queremos saber o que você pensa!
